

Israel registra grande mobilização por reféns de Gaza no 600º dia da guerra
Milhares de pessoas se reuniram na noite desta quarta-feira (28) em Tel Aviv em apoio aos reféns de Gaza, o ponto central de uma mobilização no 600º dia da guerra para reivindicar um cessar-fogo com o Hamas que leve à libertação dos cativos.
"O povo com os reféns", dizem os cartazes mostrados pela multidão na "praça dos reféns".
Esse é o principal local da mobilização em favor dos reféns sequestrados pelo movimento islamista palestino durante seu ataque contra o sul de Israel, que desencadeou a guerra, em 7 de outubro de 2023.
"Faz mais de 100 dias que fui forçado a deixar para trás meu irmão. Enquanto Eitan e os outros reféns não retornarem, ainda estou cativo", disse Iair Horn, libertado em fevereiro durante uma segunda trégua em Gaza, mas sem seu irmão.
"Acabem com esta guerra e tragam os 58 reféns", acrescentou, dirigindo-se ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cujo governo pôs fim à trégua em meados de março e intensificou depois a ofensiva contra o território palestino.
Atendendo à convocação do Fórum das Famílias, a principal organização que reivindica um cessar-fogo e a libertação dos reféns, centenas de pessoas se reuniram antes em outros lugares às 6h29 locais (0h29 em Brasília), hora que marca o início do ataque do Hamas.
Cartazes com o número 600 foram colocados ao longo de ruas e estradas, e houve manifestações durante todo o dia.
"Nos primeiros dias de cativeiro, estava convencida de que [o Exército] e o Estado de Israel fariam o possível para nos trazer de volta [...] em alguns dias", declarou em uma manifestação no kibutz Nir Oz, Karina Engel-Bart.
Ela foi libertada com suas duas filhas na primeira trégua no final de novembro de 2023, mas o corpo de seu esposo, morto em 7 de outubro, permanece em Gaza.
Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 57 permanecem em Gaza, das quais 34 foram declaradas mortas pelas autoridades israelenses.
C.al-Tajir--BT