

Defesa Civil de Gaza registra 23 mortos em vários ataques israelenses
A Defesa Civil de Gaza informou, neste sábado (28), que 23 pessoas morreram em ataques das forças israelenses em vários pontos deste território palestino devastado por mais de 20 meses de guerra.
"Pelo menos 23 mortos e dezenas de feridos" foram levados para hospitais após os disparos e as ofensivas israelenses em toda Gaza, disse à AFP o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal.
Entre as vítimas, há três crianças que morreram em um bombardeio que atingiu uma casa em Jabaliya, ao norte de Gaza.
Imagens da AFP registradas na Cidade de Gaza mostravam familiares chorando ao lado dos corpos das crianças mortas em Jabaliya.
Basal informou que as crianças faziam parte das 21 pessoas que morreram em bombardeios disparados por Israel com drones e aviões em todo o território palestino.
Além disso, outras duas pessoas morreram por disparos das tropas israelenses enquanto aguardavam para receber ajuda humanitária na região de Netzarim, no centro de Gaza.
O exército israelense não respondeu de imediato a um pedido por informações.
As restrições impostas por Israel aos meios de comunicação na Faixa de Gaza e as dificuldades para acessar algumas áreas impedem a AFP de verificar de forma independente o número de mortos e os detalhes fornecidos por equipes de resgate e testemunhas.
A guerra em Gaza teve início após o ataque lançado pelo movimento islamista Hamas em território israelense, em 7 de outubro de 2023. Neste ataque, 1.219 pessoas morreram em Israel, civis na maioria, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
A ofensiva lançada em represália por Israel contra o Hamas deixou 56.412 mortos em Gaza, também civis na maioria, segundo dados do Ministério da Saúde deste território palestino governado pelo Hamas - números que a ONU considera confiáveis.
Após proclamar vitória em uma guerra de 12 dias contra o Irã, que terminou com um cessar-fogo em 24 de junho, o exército israelense declarou que voltará a se concentrar em sua ofensiva em Gaza, onde combatentes do Hamas mantêm cativos reféns israelenses sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023.
A.al-Khalifa--BT