

Marcha do Orgulho em Paris denuncia 'a internacional reacionária'
A Marcha do Orgulho, em defesa dos direitos da comunidade LGBT+ começou, neste sábado (28), em Paris, com forte tom político, denunciando a "internacional reacionária" em países como os Estados Unidos e a Hungria.
"Estamos em um contexto ameaçador, terrível em nível político. Pela primeira vez em anos, nossos direitos estão realmente em perigo", afirmou, com um microfone na mão, a presidente da organização SOS Homophobie, Julia Torlet, perto do Museu do Louvre.
"É preciso nos reunirmos todos, lésbicas, queers, intersexuais, trans, gays...", acrescentou.
O cartaz que abriu o cortejo dizia: "Contra a internacional reacionária".
"Uma internacional reacionária está chegando diante dos nossos olhos, nos Estados Unidos, na Hungria, na Itália, na Rússia", disse um representante da associação Aides.
"O contexto é difícil porque há uma retomada da transfobia em nível internacional. Tenta-se proibir a marcha de Budapeste, um coletivo de extrema direita tenta se manifestar conosco em Paris", disse à AFP "Vivi" Strobel, porta-voz da associação Bi'Cause.
A marcha parisiense, organizada pela Inter-LGTB, que inclui cerca de 50 associações, terminará em um palco, onde vários artistas vão se apresentar por várias horas.
As marchas do Orgulho costumam ser realizadas em junho, lembrando os chamados distúrbios de Stonewall, ocorridos em Nova York em 28 de junho de 1969, após uma batida policial em um bar gay.
G.al-Maskati--BT