

Trump diz que obras na Casa Branca 'são música' para seus ouvidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, zombou nesta terça-feira (21) das críticas em torno da demolição de parte da Casa Branca para construir um salão de festas, obras que, segundo ele, "são música" para seus ouvidos.
O trabalho de demolição da Ala Leste da Casa Branca continuava nesta terça-feira, segundo puderam comprovar jornalistas da AFP. Escavadeiras trabalhavam duro para derrubar parte das paredes e do telhado da residência oficial.
A Casa Branca não experimenta uma transformação desta envergadura desde 1948, quando, na presidência de Harry S. Truman, demoliu a estrutura interna e a substituiu com uma mescla de aço e concreto.
A construção do salão de baile custará cerca de US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão), que Trump garante que sairão majoritariamente de seu próprio bolso, mas, na semana passada, realizou um jantar de gala com empresários multimilionários para pedir contribuições.
"Estamos construindo um salão de baile de classe mundial. Durante 150 anos, desejou-se um salão de baile" na Casa Branca, disse Trump durante um almoço com senadores republicanos em sua residência em Washington, enquanto se ouvia ao fundo o baralho das máquinas trabalhando.
"Provavelmente estão ouvindo o lindo som da construção no fundo. Vocês ouvem esse som? Ah, isso é música para meus ouvidos. Adoro esse som", afirmou.
Trump, que fez fortuna no setor imobiliário, acrescentou: "Quando ouço esse som, isso me faz lembrar de dinheiro. Neste caso, me faz lembrar da falta de dinheiro, porque eu estou pagando."
Os democratas protestaram pelo que consideram uma obra excessiva que ninguém pediu. Além disso, está sendo realizada em um local tombado, sem audiências públicas prévias.
A Casa Branca lembrou que, durante a presidência do democrata Barack Obama, uma quadra de tênis da residência foi transformada em quadra de basquete.
O salão de festas representa "um acréscimo audaz e necessário que reflete a histórica tradição de melhorias e renovações realizadas pelos comandantes em chefe para manter a residência executiva como um símbolo da excelência americana", segundo um comunicado.
T.al-Shamlan--BT